A COMPREENSÃO DO PACIENTE PNEUMOPATA SOBRE O SEU ESTADO DE SAÚDE

Mayara Cristina Lima Martins, Márcia Cardinalle Correia Viana, Cíntia Maria Torres Rocha-Silva, Germana Albuquerque Costa Zanotelli, Lucas Sarmento Rocha

Resumo


INTRODUÇÃO: As doenças respiratórias representam um relevante problema de saúde pública devido sua incidência, morbimortalidade, impacto social e econômico. No Brasil, a atenção primária à saúde é a porta de entrada dos outros sistemas de saúde, através da prevenção e promoção direcionada a pacientes é fundamental para o acesso as informações sobre sua patologia e as mudanças físicas e psicológicas provocadas pelas doenças. OBJETIVO: Conhecer a compreensão do paciente pneumopata sobre seu estado de saúde. MATERIAIS E METODOS: Estudo descritivo e quantitativo, realizado na Clínica Escola de Saúde (CES) do Centro Universitário Christus. Foram aplicados 40 formulários, contendo 10 questões, no período de setembro a dezembro de 2020, que avaliam o acesso a informações sobre a patologia. RESULTADOS: Foram entrevistados 40 pacientes, destes, 55% eram do gênero masculino, com idade entre 23 e 89 anos e média de 54 anos. Dentre as patologias pulmonares, 40% eram portadores de DPOC. A grande maioria dos participantes alegaram não ter mudanças ou impactos nos aspectos emocionais e sociais. Em relação aos sintomas que limitam a funcionalidade, a dispneia (40%) e a fadiga (35%) foram as mais relatas. Sobre o conhecimento dos benefícios da Fisioterapia respiratória 62,5% não conhece atuação dessa área. Já em momentos de crise das patologias 40% usam medicamentos, e caso não melhorem procuram o hospital. A maioria (52,2%) não obteve acesso à informação com profissional de saúde sobre sua condição de saúde. CONCLUSÃO: A educação em saúde torna participação ativa do paciente pneumopata no autocuidado e na compreensão sobre sua doença. Medidas efetivas de acesso a informações por meio de prevenção e promoção à saúde promove qualidade de vida e influenciam de forma direta na adesão do tratamento, tornando-se necessário maior aporte de profissionais da área da saúde voltados para dar maior assistência primária aos pacientes pneumopatas. 

Texto completo:

PDF

Referências


Gouvea ECDP. et al. Vigilância em Saúde no Brasil 2003|2009: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Secretaria de Vigilância em Saúde. [Boletim epidemiológico]. 2019; 50 (n. especial).

Disponível: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/25/boletim-especial-21ago19-web.pdf [2020 jun 16].

BRASIL. Panorama da vigilância de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2018. Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde. [Boletim epidemiológico];2019;9 50(40). Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/03/Boletim-epidemiologico-SVS-40.pdf [2020 jul 02].

BRASIL. Perfil da morbimortalidade por doenças respiratórias crônicas no Brasil, 2003 a 2013, Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde. [Boletim epidemiológico];2016; 47(19). Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/06/2015-026-doencas-respiratorias-cronicas.pdf [2020 jul 02]

Soto PHT, Raitz GM, Bolsoni LL, Costa CKF, Yamaguchi UM, Massuda EM. Morbidades e custos hospitalares do Sistema Único de Saúde para doenças crônicas. Revista Rene. 2015; v. 16: 567-75.

http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/14469

Conde MB. As doenças respiratórias e a atenção primária á saúde. Resu- Revista Educação em Saúde. 2015; 3: 58-63.

http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/educacaoemsaude/article/view/1386/1268

Azevedo ALS, Silva RA, Tomasi E, Quevedo LA. Doenças crônicas e qualidade de vida na atenção primária à saúde. Cad. Saúde Pública. 2013; v.29:1774-1782.

https://www.scielo.br/j/csp/a/sfCn4TCdsFMXBMjzFxpzDTD/?lang=pt&format=pdf

Silva GL, Melo EV. Avaliação da capacidade funcional e dispneia em pneumopatas obstrutivos crônicos. Portuguese Reon Facema. 2018; v.4: 1289-1294.

http://www.facema.edu.br/ojs/index.php/ReOnFacema/article/view/562

Alves ACGM, Ramos APVM, Paixão BO, Freitas JF, Garib JR, Freitas NC. Avaliação da repercussão dos sintomas depressivos na qualidade de vida de pacientes com DPOC. Revista Médica. 2019; v. 98: 374-81.

https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/155245

Lovison K, Taglietti M, Concicovski D, Medeiro KC, Busatta BB, Tori FS. Correlação da função pulmonar, qualidade de vida e grau de dispneia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. FAG Journal of Health. 2019 out 10; cad 2 : 176.

https://doi.org/10.35984/fjh.v1i3.106

Cukier AG, et al; Variabilidade dos sintomas diários de pacientes com DPOC estável no Brasil: um estudo observacional de vida real. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2020 set 8; cad 3 : 1.

https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20190223

Berton DC, Mendes NBS, Olivo-Neto P, Benedetto IG, Gazzana MB. Abordagem pneumológica na investigação de dispneia crônica inexplicada. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2021 out 8; cad 1 : 1.

https://dx.doi.org/10.36416/1806-3756/e20200406

Araújo CS, Lisboa1 CM, Morais LA, Vento DA. Avaliação do grau de dispneia do portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pela Escala de Dispneia – Medical Research Council. II Congresso de Ens. Pesq. Ext. da UEG. 2016; 3 : 1-5.

https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/6787/4433#:~:text=A%20escala%20de%20dispneia%20Medical,de%20estrat%C3%A9gias%20para%20minimizar%20o

Olímpio SC, Marques MG, Moura VMS, Araújo CS, Alcantâra E, Vento DA. Modified Medical Research Council e sua relação com variáveis respiratórias e o tempo de internação em pacientes hospitalizados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. 2019; v. 23: 485-492.

https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/resource/pt/biblio-1049474?src=similardocs

Cruz DM, Ohara DG, Castro SS, Jamami M. Internações hospitalares, óbitos, custos com doenças respiratórias e sua relação com alterações climáticas no município de São Carlos - SP, Brasil. Medicina (Ribeirão Preto). 2019; 3 : 248 - 257. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v49i3p248-257

Souza DK, Peixoto SV. Estudo descritivo da evolução dos gastos com internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária no Brasil, 2000-2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017; 26 : 285-294.doi: 10.5123/S1679-49742017000200006

Dias SM, Gomes MS, Gomes HG, Medeiros JSN, Ferraz LP, Pontes FL. Perfil das internações hospitalares no Brasil no período de 2013 a 2017. R. Interd. 2017; v. 10: 96-104.

https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/1322

Chaves AEA, Moais GA, Gurgel KOB, Reis MC, Geraldo PFT, Quintão TMG. Avaliação do autoconhecimento sobre comorbidades em pacientes tratados ambulatoriamente. Revista Médica de Minas Gerais. 2018; v.28: 19-26.

http://www.rmmg.org/exportar-pdf/2303/v28s4a04.pdf

QUEIROZ M.C et al; Knowledge about COPD among users of primary health care services. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. v.10,p:1-6, 2015.

Alcântara EC et al. Multidisciplinary education with a focus on COPD in primary health care. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2019 out 29; cad 6 : 1.

https://doi.org/10.1590/1806-3713/e2018-0230

Almeid JTS, Schneider LF. A importância da atuação fisioterapêutica para manter a qualidade de vida dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica –DPOC. Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente. 2019; v. 10:167-176.

http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/795

Goërtz YMJ, Vaesa AW, Spruit MA. DPOC e reabilitação pulmonar: novos achados provenientes do Brasil. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2021 jan 8. cad 6 : 1.

https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20200596

Mazzoli-Rocha F, Costa LC, Oliveira CF. Assistência aos pacientes com doenças respiratórias crônicas: adequada ou precária?. Revista Presença. 2017; v. 2: 1-8.

http://revistapresenca.celsolisboa.edu.br/index.php/numerohum/article/view/121


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde