PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VITIMAS DE AFOGAMENTO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Gabriel Almeida Gomes, Débora Biffi, Vinicius Rodrigues Ribeiro

Resumo


Este trabalho teve o intuito de identificar o perfil epidemiológico das vítimas de afogamento do Estado do Rio Grande do Sul, na temporada de verão de 2016/17, através das ocorrências de salvamentos aquáticos efetuados pelos salva-vidas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul (CBMRS). Trata-se de um estudo transversal: a coleta de dados foi realizada através da análise das ocorrências de afogamento, durante a temporada de verão, nos meses de dezembro a fevereiro de 2016/17, os dados foram categorizados em uma planilha do Microsoft Excel 97-2003 e apresentados na forma de tabelas e gráficos. Durante a temporada de verão 2016/17 houve 1.555 ocorrências de salvamento a vítimas de afogamento no Rio Grande do Sul, do total de ocorrências registradas, 1541(90%), foram vítimas não fatais e 14(10%) vítimas fatais; quanto ao gênero, 1.036 (66,62%) eram do sexo masculino; à faixa etária, predomi­naram as idades de 11-15 anos 374 (24,05%), seguidos de 16-20 anos 286 (18,39%). Com relação ao mês, janeiro predominou com 909 (58,46%) ocorrências, com maior número de atendimentos aos domingos 560(46,67%), entre os horários das 16h31min às 19h 546, a cidade de Torres prevaleceu com o maior número de atendimentos 231(14,86%). A partir da análise dos dados é possível afirmar que as mortes por afogamento representam um número significativo por causas externas, e atingem principalmente a população em estudo, crianças e adolescentes. Devido à grande parcela de jovens que foram identificados entre as vítimas, é imprescindível a elaboração de programas de prevenção ao afogamento no ambiente escolar, palestras, oficinas e orientações durante o ano letivo nas escolas poderiam significar, consequentemente, uma grande possibilidade de redução dessas ocorrências. Essas medidas preventivas serão capazes de evitar casos de afogamento e atuar tanto na redução da mortalidade quanto da morbidade entre suas vítimas.


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Referências


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R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde