VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO CONTEXTO BRASILEIRO: ACOLHIMENTO AS GESTANTES

Bárbara Martins de Carvalho, Priscila Kurz de Assumpção, Cristina Medianeira Gomes Torres, CAREN FRANCIELE COELHO DIAS

Resumo


O estudo teve como objetivo compreender a atuação da equipe de enfermagem e a forma de acolhimento dado às gestantes vítimas de violência obstétrica na hora do parto e esclarecer a forma de acolhimento prestado a essas mães. Trata-se de um estudo bibliográfico narrativo, os dados foram coletados nas Biblioteca Virtual em Saúde, bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde, os descritores controlados utilizados foram: violência obstétrica, enfermagem e acolhimento. A busca foi realizada nos meses de março e abril de 2018. Baseado nos critérios de inclusão e exclusão, a busca resultou em 77 artigos, após aplicação dos filtros o corpus da pesquisa resultou em seis artigos que responderam à questão de pesquisa. Entende-se que a hora do parto seja um momento único para a mulher com um potencial de grande prejuízo se houver violência para a vida dessa futura mãe. Portanto, considerou-se que está temática é recente no setor da saúde, mas de grande magnitude social, há ainda a necessidade de ampliar a reflexões sobre as relações da mesma com a saúde da população feminina, salientando a necessidade de transformação do cenário, em que o modelo biomédico ainda se mostra predominante. Essa mudança pode se dar por meio da educação em saúde no pré-natal na atenção básica, assim como de reavaliar permanentemente o conhecimento técnico cientifico de profissionais atuantes. Nesse contexto, a educação em saúde é indispensável, principalmente durante o pré-natal, pois acaba sendo a porta de entrada mais eficaz nos questionamentos, no sentido de que pode ou não ser feito com essa mãe no momento do parto.


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Referências


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R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde