SATISFAÇÃO COM O VOLUME EJACULADO: A EJACULAÇÃO HIPOATIVA COMO DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA DE ORDEM CINESIOLÓGICO-FUNCIONAL
Resumo
Contexto: Modernamente a função orgástica vem ganhando destaque na literatura, onde os indivíduos e seus parceiros são elementos fundamentais. Sabe-se hoje que a satisfação sexual está intimamente relacionada à ocorrência de orgasmos, além da intimidade conjugal e satisfação com o relacionamento.. Porém, ainda é difícil mensurar a prevalência da disfunção do orgasmo em homens, uma vez que muitos não são capazes de diferenciar propriamente orgasmo de ejaculação.. Objetivo: Investigar a satisfação dos homens quanto à sua ejaculação e discutir as bases cinesiológico-funcionais do problema. Método: Estudo transversal realizado de forma remota, sendo a coleta realizada através de um questionário online composto por quatro perguntas: idade, uma questão a respeito do padrão ejaculatório, uma questão referente ao grau de satisfação em relação a quantidade de sêmen ejaculado e a escala digital de qualidade de vida sexual. Os dados foram exportados em planilhas de dados simples e processados por meio do software estatístico SPSS v. 20. Correlação entre os tipos de ejaculação e qualidade de vida sexual serão estudados pelo coeficiente de Spearman, considerando significância estatística p≤0,05. Resultados: Um total de 543 homens responderam ao questionário, com média etária de 29,8 ± 8 anos. Destes, 60% dos relatou ejacular de 12 a 15 ml. A maioria dos homens (41%) relatou estar feliz com o volume ejaculado, porém, considerando disfunção ejaculatória como todos os portadores dos graus 2, 3 ou 4 de disfunção pela Classificação internacional de Funcionalidade (CIF), pudemos observar uma prevalência de 14,1% desta disfunção.
.Conclusão: Embora a maioria dos homens tenha relatado estar feliz com o volume ejaculado e a satisfação com este aspecto não tenha apresentado correlação com a quantidade de sêmem, aqueles que relataram quantidade de 5ml ou menos, estiveram correlacionados à sensação descontente ou menos, estando negativamente impactados pela ejaculação.
Palavras-Chave: Disfunções sexuais fisiológicas; Ejaculação; Disturbios do assoalho pélvico; Satisfação pessoal.
Texto completo:
PDFReferências
Lei C., Guang-rui S, Dan-dan H, Yang L, Chen-chao M, Min S, Bin-xiao S, Guang-jiang S. Male sexual dysfunction: A review of literature on its pathological mechanisms, potential risk factors, and herbal drug intervention. Biomedicine & Pharmacotherapy 112 (2019) 108585.
Liqiang Guo, Yuqiang Liu, Xuesheng Wang, Mingzhen Yuan, Yang Yu, Xiulin Zhang & Shengtian Zhao. Significance of penile hypersensitivity in premature ejaculation. ScienTific RepoRts. 2017| 7: 10441 | DOI:10.1038/s41598-017-09155-8.
Saitz, T. R. & Serefoglu, E. C. Advances in understanding and treating premature ejaculation Nat. Rev. Urol. . Advance online publication 27 October 2015; doi:10.1038/nrurol.2015.252. Published 5 September 2017.
Wespes E, Amar E, Eardley I, Giuliano F, Hatzichristou D, Hatzimouratidis K, Montorsi F, Vardi Y. Diretrizes para Disfunção Sexual Masculina: Disfunção Erétil e Ejaculação Prematura. Texto atualizado em Março de 2009.
Duarte DV, Restrepo-Méndez MC, Silverira MFD. Prevalence of erectile dysfunction oral drugs use in a city of southern Brazil. Cien Saude Colet. 2017 Aug;22(8):2763-2770. doi: 10.1590/1413-81232017228.24952015.
De Nunzio C, et ai. Disfunção Eréctil e do trato urinário inferior sintomas. Eur Urol Focus (2017), https://doi.org/10.1016/j.euf.2017.11.004.
Fontana FS, Melo K, Ferreira LV, Pereira CF, Nunes ECF, Latorre GFS. Fisioterapia pélvica no tratamento da ejaculação precoce: uma revisão integrativa Rev Ciências em Saúde 2017;7(2)25-27
Diaz VA Jr, Close JD. Male sexual dysfunction.2010 Sep;37(3):473-89, vii-viii. doi: 10.1016/j.pop.2010.04.002. Epub 2010 Jun 18.
A. L. Pastore, G. Palleschi, A. Leto, L. Pacini, F. Iori, C. Leonardo and A. Carbone. A prospective randomized study to compare pelvic floor rehabilitation and dapoxetine for treatment of lifelong premature ejaculation. International Journal of Andrology, 2012, 35, 528–53.
Erik Wibiwo, Richard J. Wassersug. Multiple Orgasms in Men—What We Know So Far. Sexual Medicine Reviews, Volume 4, Issue2, April 2016, pages 136-148.
Paduch DA, Bolyakov A, Beardsworth A, Watts SD. Factors associated with ejaculatory and orgasmic dysfunction in men with erectile dysfunction: analysis of clinical trials involving the phosphodiesterase type 5 inhibitor tadalafil. BJU Int. Abril de 2012; 109 (7): 1060-7. doi: 10.1111 / j.1464-410X.2011.10504.x. Epub 2011 23 de agosto.
Colpi G, Weidner W, Jungwirth A, Pomerol J, Papp G, Hargreave T, Dohle G; EAU Working Party on Male Infertility. EAU guidelines on ejaculatory dysfunction. Eur Urol. 2004;46:555–558.
Jonathan Clavell-Hernández, Clay Martin, and Run Wang. Orgasmic Dysfunction Following Radical Prostatectomy: Review of Current Literature. Sex Med Rev 2018; 6:124 e 134. d. https://doi.org/10.1016/j.sxmr.2017.09.003
Laumann EO, Paik A, Rosen RC. Sexual Dysfunction in the United States: Prevalence and Predictors. JAMA. 1999;281(6):537–544. doi:10.1001/jama.281.6.537
Marcel D Waldinger, Michiel W Hengeveld, Aeilko H Zwinderman & Berend Olivier (1998) An empirical operationalization study of DSM-IV diagnostic criteria for premature ejaculation, International Journal of Psychiatry in Clinical Practice,2:4,287-293. http://dx.doi.org/10.3109/13651509809115376.
Stanley E. Althof, Chris G. McMahon, Contemporary Management of Disorders of Male Orgasm and Ejaculation, Urology (2016), http://dx.doi.org/doi: 10.1016/j.urology.2016.02.018.
Marita P. McCabe, Ira D. Sharlip, Ron Lewis, Elham Atalla, Richard Balon, Alessandra D. Fisher, Edward Laumann, Sun Won Lee, and Robert T. Segraves. Incidence and Prevalence of Sexual Dysfunction in Women and Men: A Consensus Statement from the Fourth International Consultation on Sexual Medicine 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.jsxm.2015.12.034.
WHO - World Health Organization. International Classification of functioning, disability and health: ICF. World Health Organization; 2001.
Nickel JC, Elhilali M, Vallancien G, Group A-OS. Benign prostatic hyperplasia (BPH) and prostatitis: prevalence of painful ejaculation in men with clinical BPH. BJU Int. 2005;95(4):571-4. Epub 2005/02/12.
Brookes ST, Donovan JL, Peters TJ, Abrams P, Neal DE. Sexual dysfunction in men after treatment for lower urinary tract symptoms: evidence from randomised controlled trial. Bmj. 2002;324(7345):1059-61. Epub 2002/05/07.
OMS: World Health Organization. Sexual Health Issues. Disponível em: https://www.who.int/sexual-and-reproductive-health/sexual-health-issues. Acesso em 08/10/2019.
Preston M. Very Very Risky”: Sexuality Education Teachers' Definition of Sexuality and Teaching and Learning Responsibilities. American Journal of Sexuality Education, 8:1-2, 18-35, 2013. DOI: 10.1080/15546128.2013.790223.
Latorre GFS, Bobsin E, Kist LT, Nunes EFC. Validação da escala curta de avaliação funcional do desejo sexual feminino. Rev Pesqui Fisioter. 2020;10(1):xx-xx. doi: 10.17267/2238-2704rpf.v10i1.2724.
Gillespie R. Childfree And Feminine: Understanding the Gender Identity of Voluntarily Childless Women. Gender & Society 17 (1) 2013. doi.org/10.1177/0891243202238982.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde