A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO POSTURAL EVITANDO SITUAÇÕES QUE POSSAM AFETAR A SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM IDADE ESCOLAR

Jaíne Menotti, Edilaine Justin, Amanda Bandeira, Larissa Viana Menotti, Carolina Pacheco de Freitas Thomazi, Philipe Souza Corrêa, Tatiana Cecagno Galvan

Resumo


A saúde na idade escolar vem sendo observada com atenção na comunidade científica devido às frequentes alterações posturais e queixas álgicas na região da coluna vertebral em crianças e adolescentes. O fato ganha atenção pelas possíveis consequências patológicas nos indivíduos na fase adulta. Sendo assim, torna-se importante a realização de avaliações durante o período escolar para um diagnóstico precoce de patologias deste segmento corporal. A presente pesquisa teve como objetivo revisar a literatura acerca dos aspectos relacionados à saúde da coluna vertebral em crianças e adolescentes durante o período escolar. Os métodos utilizados foram pesquisas na plataforma de dados do Google Acadêmico, SciELO, PUBMED e LILACS. Foram pesquisados artigos em português e inglês, feita uma pré-seleção de 50 artigos e, depois de selecionados dentre eles 33 para a construção do artigo, todos disponíveis na integra. As alterações posturais estão ligadas aos hábitos nas atividades escolares, onde os alunos adotam posturas incorretas que podem se tornar irreversíveis. Dentre as diversas causas que proporcionam problemas posturais, encontram-se a utilização de mochilas pesadas, assentos desproporcionais, exercícios inadequados ou mal executados pelas crianças e, ainda postura inadequada na posição sentada, entre outras causas. As principais patologias em escolares são hipercifose torácica, escoliose, joelho valgo e hiperlordose lombar,sendo que a alteração mais frequente foi o desnível de ombros. Abordagens de educação postural tem se mostrado eficaz para modificações nos hábitos inadequados dos escolares em relação á sua postura. Conclui-se que os problemas posturais surgem de diversas restrições na rotina dos escolares, as quais precisam de estratégias públicas para sua modificação, com envolvimento constante dos alunos, pais e professores. Além disso, abordagem de programas preventivos e educativos sobre a postura corporal é de suma importância para à promoção da saúde e melhora da qualidade de vida da comunidade escolar.


Texto completo:

PDF PDF

Referências


Fernandes SMS, Casarotto RA, João SMA. Efeitos de sessões educativas no uso das mochilas escolares em estudantes do ensino fundamental I. Rev Bras Fisiot. 2008; 12(6): 447-453.

Badaró AFV, Nichele LFI, Turra P. Investigação da postura corporal de escolares em estudos brasileiros. Fisiot e Pesq. 2015; 22(2): 197-2014.

Detsch C, Luz AMH, Candotti CT, Oliveira DS, Lazaron F, Guimarães LK, Schimanoski P. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no Sul do Brasil. Rev Panam Salud Publ. 2007; 21: 231-238.

Braccialli LMP, Vilarta R. Aspectos a serem considerados na elaboração de programas de prevenção e orientação de problemas posturais. Rev Paul Educ Fís. 2017; 14(2): 159-171.

Petroski EL, Pelegrini A, Glaner MF. Motivos e prevalência de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva. 2012; 17(4):1071-1077.

Antunes MFP, Malfatti CRM. Saúde no espaço escolar: avaliando a relação da avaliação postural com a sobrecarga das mochilas escolares. Curitiba (PR): SEED, 2010.

Ribeiro AFM, Ribeiro JDO, Tomasini FB, Fulber AS, Muneratto CM, Souza AH, et al. Postura corporal em escolares: uma revisãoda literatura. Ciência em Movimento. 2017; 19(38): 17-25.

Tortora GJ, Derrickson B. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8ed. Porto Alegre (RS): Artmed, 2012.

Oshiro VA, Ferreira GP, Costa RF. Alterações Posturais em Escolares: uma revisão da literatura postural. Rev Bras Cien Saude. 2010, 5(13): 15-22.

Santos CIS, Cunha ABN, Braga VP, Saad IA, Ribeiro AGO, Conti PBM, et al. Ocorrência de desvios posturais em escolares do ensino público fundamental de Jaguariúna. Rev Paul Pediatr. 2009; 27(1): 74-80.

Xavir CA, Bianchi DM, Lima AP, Silva IL, Cardoso FB, Beresford H. Uma avaliação acerca da incidência de desvios posturais em escolares. Rev Meta: Aval. 2011; 3(7): 81-94.

Sandrez JA, Rosa MIZ, Noll M, Medeiros FS, Candotti CT. Fatores de risco associados a alterações posturais estruturais da coluna vertebral em crianças e adolescentes. Rev Paul Pediatr. 2015; 33(1): 72-81.

Bandeira FM, Delfino FC, Carvalho GA, Valduga R. Comparação entre a cifose torácica de idosos sedentários e praticantes de atividade física pelo método flexicurva. Rev Bras Cineantr Desemp Human. 2010; 12(5): 381-386.

Toledo PCV, Mello DB, Araujo ME, Daoud R, Dantas EHM. Efeitos da Reeducação Postural Global em escolares com escoliose. Fisiot Pesq. 2011; 18(4): 329-334.

Ferreira EAG. Postura e controle postural: desenvolvimento e aplicação de método quantitativo de avaliação postural. Tese. [Doutorado em Ciências] - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2005.

Araujo AGS, Guimbala AL, Cidral SIA. A.Incidência de escoliose com excesso de carga nas mochilas em crianças de 6 a 10 anos. Rev Bras Fisiol Exerc. 2012; 11(2).

Barbosa J, Filipe F, Marques E. Hiperlordose Lombar. Rev Soc Portug Med Fis Reab. 2011 20(2): 36-42.

Gama AEF, Lucena LC, Andrade MM, Alves B. Deformidades em valgo e varo de joelhos alteram a cinesiologia dos membros inferiores. [X Encontro de iniciação científica à docência da UFPB] – Universidade Federal da Paraíba; 2015.

Borges S, Mesquita C, Sousa ASP. Prevalência de dor lombar não específica em alunos da Escola E.B 2/3 de Santa Marinha. ESTSP. [I Congresso internacional da saúde Gasi-Porto] – Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto Gaia-Porto; 2010.

Benini J, Karolczak ABB. Benefícios de um programa de educação postural para alunos de uma escola municipal de Garibaldi, RS. Fisiot Pesq. 2010; 17(4): 346-351.

Candiotti, CT, Rohr JE, Noll M. Educação Postural como conteúdo curricular da Educação Física no Ensino Fundamental nas escolas da Cidade de Montenegro/RS. Rev. Mov Porto Alegre. 2011; 17(3): 57-77.

João A, Silva M. Métodos de Avaliação Clínica e Funcional em Fisioterapia. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, 2006.

Kran AC, Machado B, Pessota C, Ribeiro D, Vieira G, Braumer G, et al. Trabalho educativo postural: prevenção em pré-escolares. [Projeto de Pesquisa] - Centro Universitário Franciscano-UNIFRA; 2006.

Noll M, Candotti CT, Vieira A. Escola Postural: revisão sistemática dos programas desenvolvidos para escolares no Brasil. Rev Mov Porto Alegre. 2012; 18(4): 265-291.

Brites NS, Sedrez JÁ, Candotti CT, Vieira A. Efeitos Imediatos e após cinco meses de um Programa de Educação para Escolares do Ensino Fundamental. Rev. Paul Pediatr. 2017; 35(2): 199-206.

Biasotto CB, Gomes CRG. Análise postural em escolares do ensino fundamental com programa de prevenção. [periódico na internet]. 2008. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2271-8.pdf. [21 jul 2108].

Moro ARP. Ergonomia da sala de aula: constrangimentos posturais impostos pelo mobiliário escolar. Rev Digital Buenos Aires. 2005; 10: 85.

Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. Características biomecânicas, ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter Pesq. 2010; 17(3): 270-276.

Rego ARON, Scartoni FR. Alterações posturais de alunos de 5a e 6a séries do Ensino Fundamental. Fit Perf J. 2008; 7(1):10-15.

Mansur KMK, Roveda PO. Presença da fisioterapia preventiva no contexto escolar: educação e prevenção em saúde. Cinergis. 2016; 17: 4.

Ries LG, Martinello M, Medeiros M, Cardoso M, Santos GM. Os efeitos de diferentes pesos de mochila no alinhamento postural de crianças em idade escolar. Motricidade. 2012; 8(4): 87-95.

Romero A, Slater B, Florindo AA, Latorre MRDO, Cezar C, Silva MV. Determinantes do índice de massa corporal em adolescentes de escolas públicas de Piracicaba, São Paulo. Ciência Saúde Coletiva. 2010; 15(1): 141-149.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde