COMPARAÇÃO ENTRE ATLETAS DE HANDEBOL E MULHERES PRATICANTES DE TREINAMENTO DE FORÇA NA POTÊNCIA, ALTURA E EMG NA EXECUÇÃO DO SQUAT JUMP

Lucas Souza Santos, Igor Martins Barbosa, Samuel Klippel Prusch, Letícia Olveira da Silva, Eduarda Mattana Dias, Hyago Bernardes da Rosa, Eduardo Porto Scisleski, Luiz Fernando Cuozzo Lemos

Resumo


O presente estudo tem por objetivo comparar a diferença de potência, altura e o percentual de contrações isométricas voluntárias máximas da atividade eletromiográfica em músculos de membros inferiores, entre os grupos de handebol (GH) e de treinamento de força (GF), na realização do Squat Jump (SJ), analisando os benefícios que essas práticas podem trazer aos seus intervenientes. Fizeram parte do estudo 28 indivíduos, sendo todas mulheres ativas, divididas em dois grupos, onde 16 se encontravam no GH e 12 no GF. Para aquisição do sinal EMG dos músculos foi utilizado um eletromiógrafo Miotec (Porto Alegre, Brasil), com quatro canais de entrada operando na frequência de 2000 Hz, para os músculos: bíceps femoral, reto femoral, vasto lateral, e gastrocnêmico medial. Sendo usada a média dos dois melhores saltos de cada categoria. Utilizou-se também uma plataforma de contato CEFISE®, para obter o pico de altura máxima e da potência gerada pelas participantes. Os dados foram submetidos à estatística descritiva. Para comparações entre os grupos distintos utilizou-se o teste t para amostras independentes. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. Os principais achados do presente estudo mostram que valores de EMG, altura de saltos e potência de membros inferiores não apresentaram diferença estatística, comparando atletas de handebol com praticantes de treinamento de força, pela realização do Squat Jump, apesar da especificidade de treinamento entre os grupos.


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R. Perspect. Ci. e Saúde/ Revista Perspectiva: Ciência e Saúde